Alterações no paladar são mais comuns do que se imagina e interferem negativamente na qualidade de vida dos portadores do problema.
Há três tipos principais de distorções do paladar: (1) Ageusia: ausência total de sabor; (2) Hipogeusia: não se sente o sabor de alguns alimentos específicos; (3) Disgeusia: sensação prolongada de sabores desagradáveis na boca, mesmo na ausência do estímulo, como sabor amargo, salgado, ácido, metálico, “podre”, “rançoso”, ou simplesmente ruim na boca.
A disgeusia é alteração de paladar mais comum e é um sintoma extremamente frequente nas pessoas com queixas de halitose. Porém, nem sempre a sensação de gosto ruim é acompanhada de mau hálito perceptível para as outras pessoas, ou seja, sentir gosto alterado não é sinônimo de mau hálito. Para saber se o gosto desagradável está acompanhado de mau cheiro, é indicado fazer o exame do hálito com aparelhos (halitometria) e com olfato (organoléptico). Porém, mesmo que não esteja associada a halitose clinicamente perceptível, é uma alteração que precisa ser devidamente tratada, pois, como somos péssimos juízes para nosso próprio hálito, essa sensação causa insegurança e prejuízos na autoestima de seus portadores. Não adianta ter um hálito maravilhoso e sensação de gosto ruim na boca, pois a pessoa acaba ficando insegura. Assim, deve-se tratar a halitose e as alterações de paladar simultaneamente para um resultado de sucesso.
Causas das disgeusias:
– Alterações salivares;
– Acúmulo de biofilme lingual (saburra);
– Gengivite e periodontite;
– Candidíase bucal;
– Aftas e feridas bucais;
– Cáseos amigdalianos;
– Uso prolongado de produtos bucais contendo clorexidina;
– Uso de determinados medicamentos, como o topiramato e dissulfiram;
– Hipoglicemia e jejum prolongado;
– Estresse e ansiedade;
– Deficiências nutricionais;
– Alterações hormonais da gravidez, da menstruação e da menopausa;
– Infecções nas vias aéreas superiores;
– Diabetes;
– Problemas na tireóide
– Alterações renais;
– Insuficiência hepática;
– Transtornos alimentares (anorexia e bulimia);
– Doença do refluxo gastroesofágico;
– Transtornos neurológicos, como doença de Alzheimer, doença de Parkinson, acidentes vasculares encefálicos, enxaquecas, epilepsia, convulsões, esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica (ELA).
Um diagnóstico preciso é passo fundamental para um tratamento eficiente e duradouro. Na maior parte dos casos, são alcançados excelentes resultados em poucas semanas e, mesmo nas situações de difícil solução, pelo menos uma melhora parcial é possível. Se sentir alguma alteração no seu paladar, nos procure. Entre em contato pelo (84) 3206-1368 e agende uma consulta.