O dia 02/04 é O Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Mas por que a ONU decidiu dedicar um dia para o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e nós apoiamos essa causa?
Porque aproximadamente 1% da população mundial tem TEA, o que significa que temos cerca de 2 milhões de pessoas com Autismo só no Brasil. Apesar de ser algo comum, o preconceito contra as pessoas com o transtorno é enorme e ter um dia dedicado à causa faz com que a sociedade discuta desde a importância do diagnóstico precoce, políticas de Inclusão e tratamento destas pessoas.
Pessoas com TEA são Pacientes com Necessidades Especiais na Odontologia
Os aspectos bucais dos pacientes com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) não diferem das pessoas que não tem o transtorno. Porém, devido às peculiaridades que autistas apresentam em relação às alterações de comportamento, à interação com o cirurgião-dentista e também à maior sensibilidade sensorial, demandam atenção odontológica diferenciada.
Dentro do espectro do autismo podemos encontrar casos leves, onde o atendimento odontológico é igual ao de uma pessoa típica, mas também casos com maior comprometimento, em que a adesão ao tratamento é mais difícil. Por isso, o atendimento odontológico deve ser individualizado caso a caso.
O acompanhamento odontológico da pessoa com TEA deve iniciar o mais cedo possível, para facilitar a criação de vínculo entre dentista e paciente e para estabelecer um programa eficiente de prevenção em saúde bucal.
Muitos pais só buscam o atendimento odontológico quando o filho já apresenta dor, tornando o tratamento difícil, muitas vezes exigindo uso de anestesia geral ou de restrição física. Além disso, a dor em autistas não-verbais frequentemente causa alterações de comportamento, como autoagressões e piora nos padrões de sono.
Alguns cuidados no atendimento odontológico:
– Evitar espera na recepção;
– Sessões curtas;
– Ambiente tranquilo, com o mínimo de estímulos sensoriais excessivos (luz do refletor nos olhos, barulho do motor).