Um estudo realizado em diversos países mostra que o sorriso pode ser percebido tanto como ato de inteligência e confiança quanto de estupidez e desonestidade, dependendo do país onde se está.
Os pesquisadores questionaram 4.519 pessoas de 44 culturas em seis continentes sobre fotografias de pessoas sorrindo e com semblante sério, para avaliar a percepção dos entrevistados sobre suas impressões a respeito dos traços de honestidade e inteligência dos fotografados. Para cada participante, a equipe liderada pelo pesquisador polonês Dr. Krys Kuba, identificou as avaliações médias dadas pelos participantes.
De acordo com o estudo, o sorriso não foi percebido, de forma unânime, como um sinal de inteligência em todas as culturas. Em seis culturas (Japão, Índia, Irã, Coreia do Sul, Rússia e França) as pessoas foram identificadas como menos inteligentes quando sorriam. Por outro lado, na Alemanha, Suíça, Malásia, China e Áustriavo, o sorriso foi considerado como indicador de uma inteligência superior. Não houve diferença significativa nas avaliações de inteligência de indivíduos sorridentes contra indivíduos não sorridentes em 20 outras culturas, como Hong Kong, Noruega e Indonésia.
Questionados a respeito das impressões sobre a honestidade das pessoas fotografadas, os resultados indicaram que, embora os indivíduos sorridentes sejam conectados como sendo mais honestos do que indivíduos não sorridentes em quase todas as culturas (37 do total de 44), houve uma variação cultural sobre as impressões dos entrevistados. No geral, o efeito positivo do sorriso era mais fraco em países com alto índice de corrupção, como o Zimbabwe, as Maldivas e a Argentina. A este respeito, os pesquisadores concluíram que a corrupção pode enfraquecer o significado do sorriso e destruir a sua credibilidade.
As conclusões sobre a percepção do significado do sorriso podem ter implicações práticas num mundo conectado. O conhecimento sobre se um sorriso é interpretado de forma positiva, como um sinal de competência e confiabilidade, ou se ele sinaliza o oposto, pode ser crucial nas relações internacionais.
Se você deseja conferir a pesquisa completa, clique no link a seguir: http://link.springer.com/article/10.1007/s10919-015-0226-4
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