dia21Temos discutido aqui na página sobre a importância da saliva. Hoje, vou escrever sobre um tratamento que uso com frequência há 8 anos para casos de baixa produção salivar: o TENS.

TENS é uma sigla do inglês para “Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea”. Utilizando-se aparelhos, impulsos elétricos de baixa voltagem são aplicados através da superfície da pele para tecidos mais profundos, como músculos ou glândulas salivares. Quando esses tecidos recebem o sinal elétrico, é enviada uma mensagem para o sistema nervoso central, que devolve, como resposta, uma “ordem” para o tecido de origem, que pode ser analgesia, no caso do músculo, ou produção de saliva, no caso da glândula salivar.

O TENS não é o tratamento de primeira escolha para hipossalivação. Antes dele, devemos orientar o consumo hídrico do paciente, adequar hábitos alimentares, substituir drogas de efeito xerogênico (quando possível), controlar a glicemia em casos de diabetes, cessar fumo, usar estímulos mastigatórios (como silicones e chicletes), estímulos gustativos (como frutas cítricas), além de várias outras opções de tratamento. PORÉM, se as orientações e prescrições citadas não forem suficientes para proporcionar conforto e funcionalidade ao paciente, aí sim, o TENS é um excelente recurso sozinho ou associado a terapias como acupuntura e laserterapia.

O TENS é especialmente interessante para casos de Síndrome de Sjögren, iodoterapia, radioterapia em região de cabeça e pescoço, como também quando não é possível remover ou substituir medicamentos que reduzem a salivação. Isso porque é um tratamento não-invasivo, fácil de administrar, com poucos e raros efeitos colaterais e nenhuma interação medicamentosas.

É fundamental que um cirurgião-dentista com experiência na área avalie cada caso, pois, embora o TENS seja extremamente eficiente em casos de função glandular residual, traz resultados limitados se a destruição da glândula salivar for grande ou até resultado algum, se a destruição for total. Para tanto, é necessário monitorar o paciente com exames de fluxo salivar (sialometria) e, até mesmo, testes mais complexos da medicina nuclear, como a cintilografia de glândulas salivares. No fim das contas, podemos afirmar que o planejamento adequado favorece resultados positivos e previsíveis.

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(*) Sylvia Binni foi aluna do curso de halitose sistêmica. No curso de halitose sistêmica e também no curso de Halitologia Aguiar & Rocha teremos demonstração da técnica.

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