A doença de Parkinson é denerativa, progressiva e, até hoje, irreversível, caracterizada pela degeneração e morte dos neurônios responsáveis pela produção da dopamina, neurotransmissor que atua no controle dos movimentos, aprendizado, humor, emoções, sono e memória. Como consequências, ocorrem os famosos tremores, dificuldades em iniciar ou parar um movimento, alterações na coordenação motora e demência.
Nesses pacientes há prevalência aumentada de problemas gengivais e cáries, mas também outros problemas como:
a) Tremor em lábios e língua
b) Dificuldade de manter a higiene bucal adequada
c) Alterações do paladar
d) Falta de controle salivar (sialorréia)
e) Bruxismo
f) Contraturas e dor em musculatura orofacial
g) Fraturas dentárias
h) Traumas em tecidos moles bucais (por mordedura)
i) Dificuldades em usar próteses removíveis
A assistência odontológica aos portadores da doença deve ser individualizada, conforme o grau de comprometimento. Assim, nos casos com sintomas mais leves, a maior parte dos procedimentos odontológicos pode ser realizada normalmente, enquanto nas situações mais avançadas, devem ser priorizados os cuidados paliativos, visando, sobretudo, proporcionar qualidade de vida.
Em todas as fases da doença, devem ser realizados cuidados odontológicos preventivos, com adaptação das rotinas diárias de higiene bucal, incluindo orientações ao pacientes e uso de tecnologias assistivas que proporcionem autonomia, como adaptadores manuais, escovas com ventosas, escovas elétricas etc. Com o avanço da doença, as orientações de higiene bucal devem incluir familiares e cuidadores, para que as atividades sejam executadas de forma eficiente e simples.
A atuação do cirurgião-dentista, junto à equipe multiprofissional e em parceria com os familiares e cuidadores, é fundamental para a manutenção da saúde e qualidade de vida do portador de Doença de Parkinson.
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