Com a população mundial e brasileira envelhecendo, é importante esclarecer que algumas alterações nas condições de saúde são fisiológicas, intrínsecas ao envelhecimento (processo chamado de senescência), enquanto outras são patológicas (senilidade). Juntar todas as alterações como se fossem “farinha do mesmo saco” é improdutivo e errado, pois torna natural a percepção sobre problemas que são frequentes, mas que, na verdade, não são normais.
Em relação à saúde bucal, alterações em consequência de doenças sistêmicas, de deficiências nutricionais ou do uso de remédios são decorrentes da SENILIDADE. São patológicas. Assim, ter dentes amolecidos ou perdidos por periodontite ou por cáries, apesar de frequente, não é normal, nem em idosos.
A maior parte dos problemas odontológicos encontrados nos idosos são fruto de deficiências na higiene bucal, acumuladas durante a vida da pessoa, e do acesso inadequado aos serviços de Odontologia. A maioria dos remédios prescritos a pacientes idosos tem efeitos colaterais, com destaque para a xerostomia, as alterações no paladar e as estomatites.
Porém, algumas alterações na boca são inerentes ao processo natural de envelhecimento, como: escurecimento dentário, retração gengival fisiológica, atrofia dos tecidos pulpares, maior deposição de cemento dentário, menor capacidade de neoformação óssea (enquanto a atividade de reabsorção permanece ativa), redução do número de papilas gustativas, dentre outros.
Em caso de qualquer alteração, um cirurgião-dentista com atuação em Geriatria deve ser consultado. Prevenção e diagnóstico precoce são sempre as melhores escolhas.
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