Odontogeriatria
Se você tem 50 anos ou mais, possivelmente já pensou em procurar um médico geriatra para envelhecer com saúde e qualidade de vida, se mantendo ativo e fazendo valer a ideia de “acrescentar vida aos anos, e não apenas anos à vida.” PS: E se você nunca pensou nisso, deveria considerar.
Aliás, essa preocupação é cada vez mais precoce, e pessoas com 40 anos já pensam em adotar cuidados necessários para viver uma vida longa e saudável.
Agora, você sabia que também existem Cirurgiões-Dentistas Especialistas em Odontogeriatria? E que essa Especialidade voltada para a atenção à saúde das pessoas idosas, ou daquelas que querem um envelhecimento ativo e saudável, é focada na prevenção e no tratamento dos problemas comuns a essa fase da vida?
Ao longo dessa trilha, vou explicar como funciona e qual o papel do Cirurgião-Dentista para uma longevidade ativa, bem cuidada e de preferência, sempre sorridente. 😀 Continue comigo no vídeo!
Está já hora de dar o próximo passo?
Quais são os principais problemas que o Odontogeriatra resolve?
Os idosos de hoje frequentemente apresentam problemas bucais acumulados ao longo de toda a vida, reflexo do acesso inadequado aos serviços de Odontologia, da falta de cuidados preventivos e de tratamentos pouco conservadores.
Assim, os principais problemas bucais do idoso de hoje são:
E, por causa desses problemas, as próteses dentárias têm grande importância para essa faixa etária.
Nesse sentido, é fundamental enfatizar que perder dentes não faz parte do processo natural de envelhecimento e que é possível envelhecer com uma dentição funcional.
Além disso, vários remédios prescritos a pacientes idosos têm efeitos colaterais que repercutem na boca, com destaque para a xerostomia (sensação de boca seca), as disfunções salivares e as alterações da gustação.
No entanto, algumas alterações são mesmo inerentes ao processo natural de envelhecimento, como, por exemplo, o escurecimento dentário e a retração gengival fisiológica.
Essa retração gengival é o deslocamento da gengiva rumo na direção da raiz do dente, o que faz com que as gengivas fiquem menores. Em algumas situações, a raiz do dente pode ficar exposta, o que favorece a sensibilidade dentinária e aumenta o risco de desenvolver cáries radiculares.
E nós, Odontogeriatras, estamos preparados para apresentar diagnósticos efetivos, aplicando medidas preventivas e curativas para os principais problemas bucais dessa fase da vida.
Mas Cecília, qual a diferença entre procurar um Clínico Geral e um Odontogeriatra?
Assim como o Médico Geriatra desenvolve conhecimentos sobre as peculiaridades do envelhecimento e sobre a promoção da saúde, prevenção e tratamento das doenças, na especialização em Odontogeriatria nós, Cirurgiões-Dentistas, fazemos o mesmo.
O Cirurgião-Dentista clínico pode atender pessoas idosas? Claro, pode sim. Mas, o Odontogeriatra é aquele profissional que mergulhou nas especificidades dessa fase da vida, estudando as condições sistêmicas relacionadas ao envelhecimento, as doenças mais comuns e os cuidados mais importantes para prevenir alterações.
E nós estamos preparados para oferecer empatia, ciência e uma boa conversa!
⚠️Vamos desmistificar essa ideia de que é normal perder os dentes ao envelhecer. Normal mesmo é viver bem, ter saúde física, espiritual, mental!
😀 Por isso, para manter o sorriso quando a longevidade chegar, chame Cecília Aguiar. 👴👵
FAQ - Pergunte a Odontogeriatra
Não. Embora seja bastante comum, isso não é normal. A perda dentária não é consequência do envelhecimento e sim de higiene bucal inadequada e de cuidados odontológicos adiados até que não se tenha nada a fazer além da extração.
O acompanhamento com o Odontogeriatra é importante tanto para prevenir que isso aconteça quanto para tratar eventuais perdas dentárias, já que isso pode influenciar na mastigação, na digestão, na absorção de nutrientes e – em alguns casos – até na fala.
O acompanhamento do Odontogeriatra está diretamente ligado com o envelhecimento saudável. Problemas dentários, quando não tratados com a devida importância, podem contribuir com episódios recorrentes de pneumonia aspirativa – e especial, no caso de pessoas acamadas. Além disso, há uma relação comprovada entre cuidados bucais e a saúde do coração.
Além disso, não deixe para depois a visita ao Odontogeriatra se você é idoso e:
- Faz muito tempo que não vai ao dentista
- Tem dificuldade de comer alimentos duros
- Tem a sensação frequente de boca seca (xerostomia)
- Engasga com saliva ou baba com frequência
- Sofre com alteração de paladar ou gosto ruim na boca
- Sente ardência bucal
- Sente dor ou percebe alguma alteração nos dentes ou na gengiva
- Está com mau hálito frequente
- Tem sangramento gengival ou percebe as gengivas inchadas ou doloridas
- Nota aumento da sensibilidade dental
Apesar de no envelhecimento acontecer algum grau de retração gengival e esta, por sua vez, favorecer a sensibilidade dentinária, esta sensibilidade deve ser investigada com atenção, para que seus fatores associados sejam controlados, evitando que o problema se agrave. Isso porque a retração fisiológica a qual nos referimos é discreta e não é suficiente para causar desconfortos importantes
Assim, se notar que episódios de sensibilidade dental são frequentes, o ideal é procurar o Cirurgião-Dentista.
Sim, é comum, mas não é normal. Embora haja uma redução de células nas glândulas salivares com o envelhecimento, trata-se de uma redução discreta, que no idoso saudável não é suficiente para causar hipossalivação (redução no fluxo salivar).
Um dos principais motivos para a queixa de boca seca é o fato de que muitos medicamentos comumente utilizados nessa fase da vida causam a sensação de boca seca (xerostomia) como efeito colateral.
Outro motivo para isso é o fato de a pessoa idosa naturalmente sentir menos sede e, com isso, não se hidratar adequadamente. Como a água é a principal matéria prima da saliva, a produção salivar pode estar deficiente.
Além disso, doenças prevalentes no idoso, como a diabetes e o hipotireoidismo, quando mal compensadas, causam xerostomia.
Em caso de sensação de boca seca, é fundamental realizar uma sialometria (exame que mede o fluxo salivar), para definir se basta tratar o sintoma ou se o paciente apresenta de fato uma redução na produção de saliva (hipossialia) e quais são as causas.
Além de ser Especialista em Odontogeriatria, eu também sou qualificada para o tratamento da saliva e das disfunções salivares e posso te garantir que, associado ao desconforto, alterações salivares podem impactar na saúde bucal e na qualidade de vida.
Pode, mas assim como um médico clínico não é o mais indicado para tratar um problema cardíaco, e o paciente terá um suporte especializado se for encaminhado para um Cardiologista, na Odontologia a lógica é a mesma. O dentista clínico pode atender pacientes de todas as idades, mas como o Odontopediatra é especialista em crianças, o Odontogeriatra é especialista em pessoas idosas.